domingo, novembro 19, 2006

Oração a Nossa Senhora da Imaculada Conceição

Virgem Santíssima, que fostes concebida sem o pecado original e por isto merecestes o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e por terdes evitado todos os outros pecados, o Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras: "Ave Maria, cheia de graça"; nós vos pedimos que nos alcanceis do vosso divino Filho o auxílio necessário para vencermos as tentações e evitarmos os pecados e, já que vós chamamos de Mãe, atendei-nos com carinho maternal e ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos. Nossa Senhora da Conceição, rogai por nós.

quarta-feira, novembro 01, 2006

As devoções da Alexandrina

A Alexandrina foi alma de muita oração. Laurinda Maria da Silva ainda hoje o recorda: "Vi-a muitas vezes, quando novita, na companhia da Josefa A. de Sousa (chamavam-lhe Josefinha-Escola por morar na escola, pois tinha um irmão que era professor) que era a catequista da freguesia. A atitude dela, quando rezava, era de pessoa de muita devoção".
Mas não basta a oração para despertar e alimentar a verdadeira fé. É indispensável a palavra de Deus. Conforme declara S. Paulo, a fé vem pelo ouvido. Ora, na sua autobiografia, a Alexandrina diz-nos: "À volta dos seis anos, comecei a frequentar a catequese". E foi de tal modo diligente que bem cedo a admitiram à 1.a comunhão. Felismina da Silva Pereira esclarece: "Naquele tempo só costumávamos abeirar-nos da Eucaristia aos nove anos. Entretanto a Alexandrina foi admitida aos sete".
Cerca dos doze anos, escolheram-na para catequista. Cândido Manuel dos Santos apreciou do seguinte modo a sua actuação nesse cargo: "Tinha tal jeito para tratar com crianças e falar-lhes nas coisas de Deus que elas fugiam frequentemente das outras catequistas para se juntarem ao grupo das alunas da Alexandrina".
Não é pois de admirar que, mais tarde, as suas palavras tenham um acento capaz de comover os corações e arrancar lágrimas aos mais endurecidos. A Sr.a D. Maria Prata, escreveu a tal respeito: "Nunca ouvi nenhum sacerdote falar com tanta eloquência sobre a Providência e Bondade de Deus".
E a Irmã Alda dos Santos Martins afirmou: "Às suas palavras, sentia que o amor de Deus penetrava em nossos corações".
A professora Maria Alice G. dos Santos também afirmou: "A sua maneira de falar de Deus causave-me uma impressão muito profunda. Notava-se que era uma alma que vivia em Deus e de Deus".
E esta graça, que é a palavra de Deus, sempre a Alexandrina procurou proporcioná-la à sua paróquia. Eis o que ela própria disse em 3 de Novembro de 1950: "Está a correr a santa missão. Só com os olhos em Jesus e nas almas, só pela salvação destas e glória do Senhor eu fiz tudo para conseguir esta graça para a freguesia. E o prémio do meu esforço tem sido dor tormentosa para o meu corpo e para a minha alma. Meu Deus, meu Deus, não sei exprimir-me. Ô meu Jesus, sou a Vossa vítima; aceitai-me tudo isto para a santificação desta terra, para o fruto desta missão!".
A irmã da Serva de Deus confirmou e completou esta notícia: "A Alexandrina pagou as despesas pela despesa de duas missões na freguesia; ao menos uma vez, que eu me lembre, pagou a pregação quaresmal aos domingos. Não posso precisar o número de raparigas a quem ela pagou as despesas do retiro espiritual".
Na presença das irmãs, Deolinda Domingues de Azevedo testemunhou: "A Alexandrina, ao saber que nós vivíamos com dificuldades, pagou-nos duas ou três vezes o retiro espiritual em Fátima".
Também uma mãe de família, Belmira Martinis de Sá Faria, contou: "Em certa ocasião, duas das minhas filhas manifestaram o desejo de tomar parte num retiro espiritual em Braga. O meu marido não estava disposto a deixá-las ir. Então, vim ter com a Alexandrina pedindo-lhe para ela obter do meu marido a suspirada licença. Ela prometeu e cumpriu, enviando a seguinte carta a meu marido:
"Senhor Camilo:
A minha primeira intenção era pedir a fineza de vir aqui para lhe fazer um pedido. Pensei e, para lhe não dar tanta maçada, faço-o por escrito. È o seguinte: queria que deixasse ir a Maria e a Judite para Braga, assistir a um retiro realizado no colégio do Coração Imaculado de Maria, que princípia no día 27 à noite e acaba no día 31 de manhã.
Pode dizer-me que lhe fazem falta, mas se elas estiverem doentes tudo se remedeia. Não se preocupe com dinheiro porque o Menino Jesus há-de pô-lo no sapatinho. É preciso cuidarmos a sério da salvação da nossa alma e tudo é pouco para todos. Mande-me uma resposta favorável, diga-me que sim, porque isso me alegra, consola Jesus e a Mãezinha do Céu".
Quem poderia responder "não" a uma carta tão ponderada?
De há muito que a Alexandrina pensava, com tristeza, no grande número de pessoas da freguesia que, por velhice ou doença, nunca podiam ir ouvir a palavra de Deus, a palavra que tanto bem poderia fazer às suas almas. Pois não descansou enquanto não conseguiu para a igreja paroquial um sistema de microfones e altifalantes, assim tornando possível a todos, ainda aos mais afastados, a participação nos funções religiosas que alise realizavam.

P. Humberto M. Pasquale, S.D.B., Eis à Alexandrina, 1967

quarta-feira, agosto 30, 2006

Oração à Nossa Senhora das Graças

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expôr, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém.

Rezar 3 Ave Marias. Depois:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

segunda-feira, julho 31, 2006

Palavras de Alexandrina

"Hoje depois de receber o meu Jesus dissiparam-se-me as trevas, raiaram na minha alma uns raiozinhos de sol que me deram vida e coragem para o meu penar. E Nosso Senhor chamou por mim:

"Minha filha, minha filha, minha querida pomba, dou-te a minha paz e com ela toda a doçura e amor do meu Divino Coração. Enche-te de mim para resistires à dor, para que possas subir o mais difícil e doloroso calvário. Diz ao teu P. que lhe pede Jesus e Maria que escreva ao Papa para que ele consagre o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Mãe. Toda a Humanidade está a agonizar debaixo do peso da justiça do Eterno Pai. Só Ele o poderá salvar. De contrário será todo carbonizado com o fogo vingador. Diz-lhe que peça ao Papa que faça ecoar com os seus lábios em toda a Humanidade as palavras de Jesus. Convertei-vos, fazei oração, fazei penitência. Em recompensa dou ao teu P. e a ti a ternura e o amor do meu Coração e de minha Bendita Mãe. Recebe-o de nós".

(Carta ao Pe. Pinho em 3-5-1941)

domingo, junho 25, 2006

A Alexandrina fala ainda

Um dos aspectos que mais impressionava quem se abeirasse da Alexandrina nos últimos tempos de sua vida terrena, era a incansável preocupação de a todos dirigir um convite à conversão, ao amor de Deus, a uma autêntica vida cristã. As palavras saíam-lhe espontâneas do coração com uma fluência e força de convicção admiráveis, levando as consciências ao arrependimento e à mudança de vida.
Com a sua morte, em 13 de Outubro de 1955, aquela voz não tornou a fazer-se ouvir como fizera até ao último alento de vida. Mas nem por isso deixou a Alexandrina de continuar a constituir um eloquente pregão, quer com o testemunho da sua vida, quer através dos escritos, que nos transmitem - com inalterável frescura e actualidade - a sua mensagem de amor, de reparação, de zelo pela conversão de quantos andam esquecidos de Deus.
O estudo rigoroso das suas virtudes, feito primeiro em Braga, no processo informativo e na base das testemunhas para o efeito convocadas, e agora em Roma, tem precisamente em vista colocar a Alexandrina num glorioso pedestal e apontá-la como modelo.
A circunstância ... oferece-nos uma óptima ocasião para reflectirmos sobre a sua espiritualidade e captarmos os espectos mais significativos dela, assim como os ensinamentos de maior actualidade.
Parece-me que o apelo mais premente da Alexandrina a este mundo, que vai perdendo cada vez mais a noção de pecado, é este: "vivermos na graça de Deus".
A verdadeira e mais alta dignidade do homem é a que S. Paolo apresenta: "somos templos de Deus". (II Cor. 6,16).
Também S. Pedro recomenda aos fiéis não só que conservem, mas que cresçam "na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo" (II Pedro, 3, 18).
A Alexandrina pòde escrever: "Tive um bom Mestre. Foste Tu, é meu Jesus, a ensinar-me desde criança" (4-10-1938).
E foi Jesus que nos introduziu também a nós no mistério da vida da graça, a qual consiste na presença habitual da SS. Trindade nas almas e na participação destas na vida divina. No Evangelho diz-nos Jesus: "Se alguém Me tiver amor... também meu Pai o amará e Nós viremos a ele fazer a nossa morada... e o meu Pai vos há-de enviar, sob a bênção do meu Nome, o Consolador, que é o próprio Espírito Santo" (Jo. 14, 23, seg.)
Desde pequenina, como acenei, a Alexandrina foi instruída sobre esta verdade básica da vida cristã. Com efeito, pelos 14 anos, para conservar a vida da graça, salvando a sua pureza, atirou-se de uma janela abaixo, com um salto de quase quatro metros.
Mais adiante, amadurecida já nos anos e na virtude, e também já experimentada nos caminhos da mística, teve de atravessar um período de indizível sofrimento. Pivaram-na do seu primeiro director espiritual, o Padre Mariano Pinho, S.J., tendo ao mesmo tempo corrido a voz de que a privariam também da Comunhão.
A sua reacção a tais acabrunhadoras notícias reflecte-se significativamente no seu Diário: "... Mas arrancar-me do coração o tesouro riquísssimo que eu adoro, que eu amo acima de todas as coisas, o Pai, o Filho, o Espírito Santo, nunca, nunca, os homens o censeguirão. Teriam, para isso, que fazer-me viver sem coração e sem alma. Impossível! Venha a força do mundo inteiro, seja ele todo contra mim a separar-me desta grandeza infinita, deste Amor infinito! Nunca! Só o pecado, só esse me pode separar" (19-2-1942).
No verso de um santinho escreveu pelo própio punho: "Não sei o que sinto. Não sei que força irresistível me convida a viver no meu íntimo em união com a Trindade divina. Como me sinto feliz nesta vida de intimidade com Deus".
Ao seu segundo director espiritual confidenciava: "Sinto-me plenamente satisfeita com a oração Glória ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo".
O epitáfio que ela própria escreveu, para ser colocado sobre a sua campa, continua a proclamar a necessidade da conversão e do amor a Jesus aos milhares de peregrinos que aí acorrem: "Pecadores, convertei-vos! Não ofendais Jesus! Não queirais perdê-Lo eternamento! Basta de pecar! Jesus é tão bom! Amai-O! Amai-O!".
Estas palavras reflectem com toda s singeleza os sentimentos que nortearam a Alexandrina ao longo de toda a sua vida. No seu Diário deixou escrito: "Preferiria morrer e passar a eternidade a sofrer, antes que ousar ofender o meu Jesus com a mais pequenina falta" (14-5-1948).
Chegou a afirmar, sob a forma de oração: "Se para não Te ofender, tivesse de renunciar ao Céu, renuncio de boamente" (9-10-1944).
Altíssima expressão de um amor puro, sumo, desinteressado!
Chegou a atingir tão alto vértice do ideal cristão, pedindo diariamente ao seu Jesus: "Eu quero ser santa! Abençoai a tua filha que quer ser santa!" (Autobiografia).
P. Humberto M. Pasquale, SDB

quinta-feira, junho 01, 2006

Açucena de Portugal

Alexandrina Maria,
Criatura angelical,
Açucena de Valia
no Jardim de Portugal!

No Calvário, em Balasar,
Entre espinhos e martírios,
Uma Flor foi despontar
Com a cor dos roxos lírios...

Incruentas e veladas,
Teve as chagas de Jesus
E que foram cinco espadas
A cravá-la em dura cruz.

Mui profundos, bem marcados,
Teve os cravos do Senhor,
Com espinhos enlaçados
A avivar-lhe a mesma dor.

Feita imagem de Jesus
E da Virgem, Mãe das Dores,
Sempre "mirrada" na cruz,
Foi doada aos pecadores.

Imolada como vítima
Deste mundo degradado,
Renasceu filha legítima
De Jesus crucificado.

Pomba sangrando crueza
Nas garras negras do mal,
Foi um anjo de pureza,
De olhar meigo, virginal.

O Pão dos Anjos comeu
Sem qualquer outro alimento...
Cálice amargo bebeu
E foi todo o seu sustento!

Sem comer e sem beber,
Donde as suas cores belas?
Sem dormir e a sofrer
Como tem olhos - estrelas?

Nos seus êxtases, arrimo
Da sua alma guerreira,
Gota do sangue divino
Deu-lhe a vida verdadeira.

Seu Esposo, o bom Jesus,
Cumulou-a de louvores,
Pois amou a dura cruz
E salvou-lhe os pecadores.

Já outrora, em Balasar,
Descera um Anjo de luz,
Desenhando, com luar,
O sinal da Santa Cruz.

Vem a Vítima, em seguida,
Para a cruz e seu "Calvário",
Arrimada, na subida,
À "Mãezinha" e ao Sacrário.

Lisboa, 1 de Janeiro de 1980, Pe. J. Fernandes de Oliveira

domingo, maio 28, 2006

Oração á Virgem e Mártir Santa Luzia

Imagem de Santa Luzia - Viana do Castelo

A Virgem Santa Luzia
è como a aurora do día
A pôr a terra em sorriso,
Dos seus olhos vem a luz
Da doutrina de Jesus
Apontando o Paraíso
Do firmamento uma estrela
Caiu na terra e fez luz
E o seu rostro divino
Às almas traça o caminho
Que ao Paraíso conduz.

Oração

Admirável Virgem e Mártir Santa Luzia que animada pela graça do Espírito Santo, soubestes conservar intacto o precioso tesouro da castidade, não havendo forças humanas que pudessem abalar vossa fortaleza, constância e fidelidade a Jesus Cristo, vosso Divino e Celestial Esposo: vós que no meio do fogo vos não queimastes, semelhante aos meninos da fornalha de Babilónia; e que trespassada vossa garganta com uma espada, não cessastes de orar ao Senor, enquanto vos durou a vida; até que enfim lhe entregastes vosso bem-aventurado espírito, e fostes receber a corôa do martírio como prémio de vossas grandes virtudes; vós que sois a glória da vossa pátria, o espelho das Virgens, o exemplo da Caridade Cristã, e especial Advogada da vista, para com aqueles que devotamente imploram vosso patrocínio; intercedei por nós diante de Deus para que nos conserve a vista corporal e espiritual de nossas almas, a fim de que tendo-O servido fielmente na terra, O vamos depois louvar no Céu eternamente. Amen.

P. N., A. M. e Gl. P.
(Com a aprovação eclesástica)

quarta-feira, maio 10, 2006

Acto de confiança a Nossa Senhora de Fátima

Viagem apostólica do Papa João Paulo II a Portugal 13 de Maio de 1991



1. “Santa Mãe do Redentor,
Porta do céu, Estrela do mar,
socorrei o Vosso povo que anela por erguer-se!”.
Uma vez mais nos dirigimos a Vós,
Mãe de Cristo e Mãe da Igreja,
ajoelhados a Vossos pés aqui na Cova da Iria,
para Vos agradecer por tudo quanto fizestes
nestes anos difíceis
pela Igreja, por cada um de nós e pela humanidade inteira.

2. “Monstra te esse Matrem!”.
Quantas vezes Vos invocámos!
E hoje aqui estamos a agradecer-Vos,
porque sempre nos escutastes.
Vós mostrastes ser Mãe:
Mãe da Igreja, missionária pelos caminhos da terra
preparando-se para o Terceiro Milénio cristão;
Mãe dos homens pela constante protecção
que nos livrou de tragédias e destruições irreparáveis
e favoreceu o progresso e as conquistas sociais dos nossos dias.

Mãe das Nações, pelas mudanças inesperadas
que restituíram a confiança a povos
longamente oprimidos e humilhados;
Mãe da vida, pelos múltiplos sinais
com que nos acompanhastes
defendendo-nos do mal e do poder da morte;
Minha terna Mãe de sempre,
mas de modo particular
naquele 13 de Maio de 1981
em que senti junto a mim
a Vossa presença salvadora;
Mãe de todo o homem, que luta pela vida que não morre.
Mãe da humanidade resgatada pelo Sangue de Cristo.
Mãe do amor perfeito, da esperança e da paz,
Santa Mãe do Redentor.

3. “Monstra te esse Matrem!”.
Sim, continuai a mostrar-Vos Mãe para todos,
porque o mundo tem necessidade de Vós.
As novas situações dos povos e da Igreja
são ainda precárias e instáveis.
Existe o perigo de substituir o marxismo
por uma outra forma de ateísmo,
que adulando a liberdade tende a destruir
as raízes da moral humana e cristã.
Mãe da esperança, caminhai connosco!
Caminhai com o homem deste fim de século,
com o homem de toda e qualquer raça e cultura,
de qualquer idade e condição.
Caminhai com os povos para a solidariedade e o amor,
Caminhai com os jovens, protagonistas de futuros dias de paz.
Têm necessidade de Vós as Nações que recentemente
readquiriram o seu espaço vital de liberdade
e estão agora empenhadas na construção do seu futuro.
Tem necessidade de Vós a Europa que do Leste ao Oeste
não pode reencontrar a sua verdadeira identidade
sem redescobrir as suas raízes cristãs comuns.
Tem necessidade de Vós o mundo para resolver
os numerosos e violentos conflitos que ainda o ameaçam.

4. “Monstra te esse Matrem!”.
Mostrai que sois Mãe dos pobres,
de quem morre de fome e sem assistência na doença,
de quem sofre injustiças e afrontas,
de quem não encontra trabalho, casa nem abrigo,
de quem é oprimido e explorado
de quem desespera
ou em vão procura o repouso longe de Deus.
Ajudai-nos a defender a vida, reflexo do amor divino,
ajudai-nos a defendê-la sempre,
desde o alvorecer ao seu ocaso natural.
Mostrai-Vos a Mãe da unidade e da paz.
Cessem por todo o lado a violência e a injustiça,
cresçam nas famílias a concórdia e a unidade,
e entre os povos o respeito e o diálogo;
reine sobre a terra a paz, a paz verdadeira!
Ó Virgem Maria, dai ao mundo Cristo, nossa paz!
Que os povos não reabram novos fossos de ódio e vingança;
que o mundo não ceda à ilusão de um falso bem-estar
que avilta a dignidade da pessoa
e compromete para sempre os recursos da criação.
Mostrai-Vos a Mãe da esperança!
Velai sobre a estrada que ainda nos espera.
Velai sobre os homens e sobre as novas situações dos povos
ainda ameaçados por riscos de guerra.
Velai sobre os responsáveis das Nações
e sobre todos os que regem os destinos da humanidade.
Velai sobre a Igreja
sempre tentada pelo espírito do mundo.
Velai, em particular, pela próxima Assembleia especial
do Sínodo dos Bispos, importante etapa no caminho
da nova evangelização na Europa.
Velai sobre o meu ministério petrino,
ao serviço do Evangelho e do homem
rumo às novas metas da acção missionária da Igreja.
Totus tuus!

5. Em unidade colegial com os Pastores,
em comunhão com todo o Povo de Deus,
espalhado pelos quatro cantos da terra,
também hoje Vos renovo
a consagração filial do género humano.
A Vós, com confiança, todos nos consagramos.
Convosco queremos seguir Cristo, Redentor do homem:
que o cansaço não nos abata, nem a fadiga nos desalente,
as dificuldades não extingam a coragem
nem a tristeza, a alegria no coração.
Vós, ó Maria, Mãe do Redentor,
continuai a mostrar que sois Mãe para todos,
velai sobre o nosso caminho,
fazei com que vejamos, cheios de alegria,
o Vosso Filho no Céu.
Amém!

segunda-feira, maio 01, 2006

Oração à Nossa Senhora da Salette


Lembrai-vos, ó Nossa Senhora da Salette, das lágrimas que derramastes por nós, no Calvário. Lembrai-vos também do cuidados que, sem cessar, tendes por vosso povo, a fim de que, em nome de Cristo, se deixe reconciliar com Deus. E vede se, depois de tanto terdes feito por vossos filhos, podeis agora abandoná-los.
Reconfortados por vossa ternura, ó Mãe, eis-nos aqui, suplicantes, apesar de nossa infidelidade e ingratidão. Não rejeiteis nossa oração, ó Virgem Reconciliadora, mas volvei nosso coração para vosso Filho.
Alcançai-nos a graça de amar Jesus acima de tudo, e de vos confortar por uma vida de doação, para a glória de Deus e o amor de nossos irmãos. Amém.

Nossa Senhora da Salette, Reconciliadora dos pecadores,
R - Rogai sem cessar por nós que recorremos a vós!

domingo, abril 30, 2006

Oração á Santa Virgem Maria de São Francisco de Assisi


Santa Virgem Maria, não há mulher nascida no mundo semelhante a vós,
filha e serva do Altíssimo rei e pai celestial.
Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo,
esposa do Espírito Santo rogai por nós
com São Miguel Arcanjo e todas as virtudes do céu,
e todos os Santos junto à vosso Santíssimo
e dileto Filho, nosso Senhor e Mestre.
Amém.

sábado, abril 15, 2006

Nossa Senhora da Boa Morte

A devoção à Nossa Senhora da Boa Morte chegou aos cristãos do Ocidente, através da tradição cristã do Oriente, sob o título de "Dormição da Assunta". Talvez, esse seja o culto mariano mais antigo, iniciado logo nos primeiros séculos do cristianismo. A última metade do século V foi marcada pela propagação de uma literatura apócrifa, isto é, escrita na época dos fatos, mas não incluída na Bíblia, sobre a morte e assunção da Virgem; e a construção de uma Basílica para venerar o túmulo da Mãe de Deus, por ordem da imperatriz Eudóxia. Isso acabou provocando a mudança do conteúdo temático do culto de 15 de agosto, para a "Dormição da Assunta", já no início do século VI. Os escritos apócrifos revelavam que, a Virgem Maria teria entrado em "Dormição", isto é, entrado no sono da morte rodeada pelos apóstolos. O seu corpo imaculado foi levado por eles a um sepulcro novo no Getsêmani. Três dias depois, eles voltaram ao local e o encontraram vazio e com odor de flores. A Mãe fôra "Assunta", isto é, subira ao céu em corpo e alma. No século VII, o imperador Maurício prescreveu que essa festa mariana fosse celebrada em todos os seus domínios, como uma das mais importantes. E finalmente, o Papa Sérgio I a introduziu na liturgia de Roma. Desse modo, o culto "Dormição da Assunta" ou "Dormição da Mãe de Deus" alcançou toda a Igreja, do Oriente e do Ocidente. A Igreja do Oriente, se dedicou ao culto da devoção da Mãe de Deus, até por ser a mais primitiva. Muitas igrejas cobertas de ícones sagrados foram erguidas em todos as regiões, nesse período bizantino. Os lugares sagrados, marcados pelos acontecimentos da Revelação do Mistério de Deus, foram guardados dentro de magníficos templos cobertos de ícones. Os ícones não foram feitos para adornar o templo, são pinturas que representam os símbolos sagrados da Igreja e descrevem o Evangelho. Assim, uma grande profusão de ícones invadiu a Igreja do Ocidente, especialmente os da Mãe de Deus. A Virgem Santíssima, além de ser invocada e representada em "Dormição", foi chamada de "Assunta", como seu filho foi elevada ao céu, pelo mérito de Cristo, obtendo a Redenção corpórea.
Venerar a Boa Morte de Nossa Senhora sempre foi uma grande festa, para os cristãos. Ela é a primissa da glorificação do corpo e da alma, assegurada por Cristo no final dos tempos. Antigamente o culto iniciava na véspera, com a deposição da imagem da Virgem "dormente", num esquife e ficava exposta à visita dos fiéis até a manhã da festa, quando era retirada e colocada a imagem triunfal de Nossa Senhora da Assunção. Em algumas localidades essa tradição se manteve, inclusive nas Américas que herdou o culto dos missionários espanhóis e portugueses.
O dogma da Assunção de Maria só foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1950, como conseqüência lógica de intensos estudos históricos e teológicos patrocinados pela Igreja ao longo desses séculos. Ele só fez coroar uma fé sempre professada universalmente por todo o Povo de Deus.

Veja também: Nossa Senhora de Montallegro, Rapallo

terça-feira, março 28, 2006

Oração a Nossa Senhora do Bom Conselho

Gloriosíssima Virgem Maria, escolhida pelo eterno Conselho para Mãe do Verbo Humanado, tesoureira das divinas graças e advogada dos pecadores, eu, o mais indigno dos vossos servos, a vós recorro para que me sejais guia e conselheira neste vale de lágrimas. Alcançai-me, pelo preciosíssimo sangue de vosso divino Filho, o perdão de meus pecados, a salvação de minha alma e os meios necessários para obtê-la. Alcançai também para a Santa Igreja o triunfo sobre os seus inimigos e a propagação do reino de Jesus Cristo em todo o mundo. Amén.

Indulgência de 500 dias

quarta-feira, março 01, 2006

Nossa Senhora do Bom Conselho venerada em Woerth (Baviera)

Mãe Nossa, com Jesus teu Filho, Mãe do Bom Conselho e de carinho, quando não mais acharmos o caminho, mostra-nos, Tu, o verdadeiro trilho!

Não sabes que Maria é a esperança dos que estão para desesperar e daqueles dos quais se está desesperando? (Santo Efrem)

Quando dizes: "Ave Maria, o inferno treme e os demônios fogem. (S. Francisco de Assis)

Põe tua confiança em Maria, ela te ajudará a levar a cruz de cada dia. (Beato Champagnat)

S. Excia D. Miguel, Arcebispo de Regensburgo, disse em 1946: "De Nossa Senhora do Bom Conselho, venerada em Woerth (Baviera), partem muitas bênções."

A imagem milagrosa foi encontrada numa antiga propriedade rural, em 1944.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

O Imaculado Coração de Maria

O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.

Nossa Senhora à Lúcia (13.6.1917)

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Sao Maximiliano Maria Kolbe

S. Maximiliano Maria Kolbe, O.F.M. Conv. (1894-1941)
M. Liberati pinxit

Oração

Ó São Maximiliano Maria, seguidor fidelissimo de São Francisco de Assis, que inflamado no amor de Deus passaste a vida na pratica assidua das virtudes heróicas, e nas obras santas do apostolado, volve o teu olhar para nos teus devotos que confiamos na tua intercessão.
Tu que, iluminado pela luz da Virgem Imaculada, atraiste inúmeras almas ao ideal de santidade, chamando-as por todas as formas do apostolado para o triunfo do bem e a diletaçao do Reino de Deus, obtèm-nos luz e força para realizar o bem e atrair muitas almas ao amor de Cristo.
Tue que, na perfeita conformidade ao Divino Salvador, juntaste um tão alto grau de caridade para oferecer, em sublime testemunho de amor, a tua vida para salvar a dum irmão prisioneiro, alcança-nos do Senhor a graça que, animados do mesmo ardor de caridade, possamos tambén nós com a fé e com as obras testemunhar Christo aos nossos irmãos, para chegarmos contigo à feliz posse de Deus na luz da glória. Amen.

Foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 10 de Outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, o home cujo lugar tomou e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Beata Alexandrina Maria da Costa

Alexandrina Maria da Costa, nasceu em Balasar, concelho da Póvoa de Varzim (Portugal) a 30 de Março de 1904.
Aos 14 anos, para se defender e defender duas companheiras das maldosas intenções de dois homens que se introduziram em sua casa, saltou de uma janela ao quintal, numa altura de 4 metros. Os médicos reconheceram mais tarde ter sido este acto heróico a origem, pelo menos em parte, do seu futuro sofrimento.
Uma mielite na espinha dorsal imobilizou-a na cama, consumando-a num doloroso e longo martírio, por mais de 30 anos.
No seu ardente amor, consagrou-se ao Senhor como Vítima da Eucaristia, para reparar as profanações e o abandono de Jesus Sacramentado. Ofereceu-se também como Vítima pelos Pecadores e suplicava: "Recebei-me, ó Maria, como filha amada e consagrai-me toda a Jesus. Encerrai-me para sempre no seu Divino Coração e dizei-lhe que O ajudareis a crucificar-me... Ó Jesus, imolai-me a cada momento convosco no altar do sacrifício".
Em 1935 e muitas outras vezes o Senhor anunciou-lhe a guerra como castigo dos graves pecados da humanidade. Dizia-lhe: "São as vítimas dos meus sacrários que sustentarão o braço da justiça divina, para que o mundo não seja destruído, para que não caiam castigos maiores".
No mesmo ano de 1935 Jesus ordenou-lhe que pedisse ao Papa a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria e a instituição da sua festa litúrgica, como meio para chamar os homens à prática do bem. "Assim como eu pedi a Margarida Maria a devoção ao meu Coração Divino, assim te peço a ti que seja consagrado o mundo ao Coração de minha Mãe Santíssima, com uma festa solene em sua honra" (30-7-1935).
Durante a guerra ofereceu-se como vítima por Pio XII e escreveu-lhe cartas, tranquilizando-o no meio dos perigos das catástrofes internacionais.
Logo a seguir à eleição de Pio XII, Jesus predizia-lhe a 27 de Março de 1939: "É este o Pontífice que consagragrá o mundo ao Imaculado Coração de Maria, minha Mãe". Três anos depois cumpria-se a palavra de Jesus.
A Alexandrina viveu desde 27 de março de 1942 até à morte, em 13 de Outubro de 1955, sem tomar alimento algum, além da comunhão diária.
Os seus escritos somam 18 volumes, num total de 4.105 páginas dactilografadas.
O Processo informativo sobre a vida, virtudes e fama de santidade da Serva de Deus Alexandrina de Balasar, decorreu em Braga. Aberto em 14 de Janeiero de 1967, durou 6 anos, teve 110 Sessões, sendo ouvidas 48 testemunhas, cujos depoimentos e actas somam 1200 páginas. A Sessão de Encerramento ocorreu em 10 de Abril de 1973.
Decorre agora em Roma, segundo as normas canónicas.

ORACAO (Novena para uso particular)

Trinidade Santíssima, fonte de toda a santidade, adoro-Vos profundamente e agradeço-Vos as virtudes que fizestes refulgir no coração da vossa serva Alexandrina.
Fazei que eu saiba imitar o seu zelo ardente pela vossa glória. Infundi no meu coração horror ao pecado, amor ardente à Sagrada Eucaristia, e vivo espírito de oração.
Glorificai já neste mundo a vossa serva e concedei-me, por sua intercessão, a graça que ardentemento vos peço...
Glorificai-a pelo Coração Doloroso de Maria, que ela tão ardentemete amou.

Nihil obstat, Braga, 13-10-1977 Pe. Fernando Leite
Imprimi potest, Braga, 13-10-1977 +Manuel, Vigário Cpitular

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